RESUMO
Neste artigo, discutimos como a ação social contemporânea das “facções” aponta para um novo tipo de governança criminal, por meio de grupos armados, inovando a organização dentro e fora das prisões de Manaus e Fortaleza, no Brasil. Esses coletivos são eficientes para a adesão e o estabelecimento de legitimidade. Assim, valores e orientações morais, delegação de papéis, ampliação do acesso a armas de fogo e recursos financeiros, anexação de territórios, expulsão de moradores e resistência a investidas policiais são elementos da governança local da vida cotidiana. Por fim, descrevemos as maneiras de cooperação e conflito entre as governanças estatais e criminais.
Palavras-chave:
dinâmicas criminais; governança criminal; governança estatal; mercados ilegais; coletivos prisionais