Resumo
Este artigo explicita, à luz das noções de “adoção do papel ou da atitude do outro” de Mead e de “empatia tática”, de Bubandt e Willerslev, elementos que influenciam uma situação de assalto. Para isso, discute como a capacidade de assumir ou adotar o papel do outro ou de exercitar a “empatia tática” se apresenta, de modo distinto, em cinco etapas. Baseado em entrevistas feitas com pessoas que praticaram assaltos na cidade do Rio de Janeiro, o artigo apresenta um estudo, a partir do ponto de vista dos assaltantes, sobre técnicas de (1) adoção ou assunção do papel do outro (Mead), (2) detecção de suas vulnerabilidades (Bubandt e Willerslev) e (3) produção de “consentimento forçado”.
Palavras-chave
assalto; violência; George Herbert Mead; empatia tática; papel ou atitude do outro