Resumo
Partindo da vivência de um assalto que se desdobrou em uma pesquisa etnográfica com jovens autores de atos infracionais, o artigo reflete sobre como a experiência da transgressão é capaz de oferecer recompensas únicas ao sujeito (Katz, 1988), sensação que se intensifica para os que estão submetidos ao processo sujeição criminal (MISSE, 2010). Refletindo sobre o aspecto vivencial desses comportamentos tidos como “violentos” (RIFIOTIS, 2006) é possível perceber que um roubo pode ser, também, uma performance criativa que envolve uma série de técnicas e improvisos. Entretanto, a continuidade desse processo de elaboração de si é capaz de se aprofundar tanto no sujeito a ponto de passar a se constituir como parte fundamental do seu ritual da vida cotidiana.
Palavras-chave
roubo; sujeição criminal; jovens autores de atos infracionais; crime; violências