Resumo
Estudos anteriores demostraram redução do volume hipocampal, redução da concentração de N- Acetilaspartato (NAA) e aumento da concentração de mio-inositol (mI) em pacientes com doença de Alzheimer (DA). O objetivo deste trabalho foi de avaliar os volumes hipocampais de pacientes com DA e correlacioná-los com as alterações metabólicas detectadas pela espectroscopia de próton das formações hipocampais e da região do cíngulo posterior.
Material e Métodos:
22 pacientes com provável DA (18 leve, 4 moderada) e 14 controles sem sintomas cognitivos foram incluídos neste estudo . Medidas volumétricas hipocampais, espectroscopia de próton de voxel único das formações hipocampais e da região do cíngulo foram obtidos. As seguintes razões de metabólitos foram avaliadas NAA/Cr, mI/Cr, mI/NAA. Análise estatística foi realizada para detectar as diferenças e correlações entre estes parâmetros nos pacientes e nos controles.
Resultados:
Os volumes das formações hipocampais dos pacientes e dos controles não foram significativamente diferentes. Os resultados da espectroscopia de próton foram significativamente diferentes nas das formações hipocampais dos pacientes e controles (mI/Cr, mI/NAA) e na região do cíngulo posterior (NAA/Cr, mI/Cr, mI/NAA). O melhor indicador para DA foi a razão NAA/Cr na região do cíngulo posterior com sensibilidade de 0,899 e especificidade de 0,800. Não houve correlação entre os volumes das formações hipocampais e os resultados da espectroscopia de próton nos pacientes com DA.
Conclusões:
Os resultados da espectroscopia de próton foram significativamente diferentes entre pacientes e controles das formações hipocampais e na região do cíngulo posterior, sendo NAA/Cr o melhor indicador para DA. Não houve correlação entre os volumes das formações hipocampais e os resultados da espectroscopia de próton nos pacientes com DA.
Palavras-chave:
volumetria hipocampal; espectroscopia por ressonância magnética; doença de Alzheimer.