Resumo
Estudos recentes têm demonstrado a influência da escolaridade no desempenho da Escala de Avaliação de Demência (DRS) sugerindo que uma única nota de corte não é apropriada para todos os grupos de pessoas idosas.
Objetivos:
Verificar a influência da escolaridade na DRS para uma população brasileira de idosos.
Métodos:
A DRS foi aplicada em 118 controles cognitivamente saudáveis e em 97 pacientes com doença de Alzheimer (DA) leve. Para a análise da influência da escolaridade, pacientes e controles foram separados em quarto grupos de escolaridade (GRESC): GRESC 1 com 1 a 4 anos de escolaridade, GRESC 2 com 5 a 8 anos de escolaridade, GRESC 3 com 9 a 11 anos de escolaridade, e GRESC 4 com mais de 11 anos de escolaridade.
Resultados:
Na análise intragrupo o desempenho de controles, em cada grupo de escolaridade, foi comparado e diferenças significativas foram estabelecidas no escore total e nas subescalas Atenção, I/P e Conceituação. O mesmo procedimento foi realizado com o grupo de pacientes com DA e diferenças significativas foram observadas no escore total e nas subscalas Atenção, Construção, Conceituação e Memória. Na análise intergrupos o resultado no escore total e nas subescalas I/P, Conceituação e Memória mostraram diferenças significativas no GRESC 1, 2, 3 e 4. A subescala Atenção mostrou diferenças no GRESC 3 e 4 e a subescala Construção nos GRESC 1 e 4.
Conclusões:
Os resultados mostraram a importância de normas de escolaridade apropriadas para a DRS na população brasileira levando-se em consideração os efeitos da escolaridade nos escores desta escala.
Palavras-chave:
doença de Alzheimer; avaliação neuropsicológica; escolaridade.