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Versão brasileira da bateria de avaliação frontal

Resumo

A Bateria de Avaliação Frontal (BAF) foi proposta recentemente como instrumento diagnóstico para pacientes com síndrome frontal.

Objetivos:

Apresentar a versão brasileira da BAF e dados preliminares do desempenho de idosos saudáveis na bateria, e sua correlação com a idade, nível educacional e escores no MiniExame do Estado Mental (MEEM).

Métodos:

Foram avaliados 48 idosos saudáveis (34 mulheres/14 homens), com idade média=69,3±6,1 anos e escolaridade média=8,0±5,6 anos. Todos foram submetidos ao MEEM, à escala de Depressão de Cornell e à BAF, com escores determinados para cada item e no total. Os participantes apresentaram desempenho acima de valores ajustados para a escolaridade no MEEM e ≤7 pontos na escala de Depressão de Cornell. Foram calculadas correlações entre o escore total da BAF e as variáveis idade, escolaridade e escore do MEEM, como também a correlação entre os itens da BAF e a escolaridade.

Resultados:

O escore médio ±DP na BAF foi 13,0±2,3 (7-18). Os escores totais da BAF se correlacionaram significativamente com a escolaridade (r=0,37; p=0,01) e com os escores do MEEM (r=0,46; p=0,001). Não foi observada correlação entre a BAF e a idade. O escore médio do MEEM foi 27,4 ± 1,8. A análise separada dos itens da BAF mostrou que dois deles (similaridades e instruções conflitantes) se correlacionaram significativamente com a escolaridade.

Conclusões:

Neste grupo de idosos saudáveis, a versão brasileira da BAF demonstrou ser influenciada pela escolaridade, mas não pela idade.

Palavras-chave:
lobo frontal; córtex pré-frontal; envelhecimento; educação; testes neuropsicológicos.

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