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Critério de validade de uma pequena forma da escala de Wechsler III em uma amostra de idosos brasileiros

Resumo

Embora normativas, as alterações no funcionamento cognitivo variam entre os idosos. O diagnóstico diferencial entre envelhecimento normal e patológico deve ser obtido precocemente, utilizando instrumentos psicometricamente adequados .

Objetivos:

Verificar evidências de validade de critério de uma Forma Abreviada da escala Wechsler-III com oito subtestes (FA8) pela determinação de sua sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo e pontos de corte para idosos brasileiros de diferentes faixas etárias.

Métodos:

168 indivíduos de 60 ou mais anos, residentes na comunidade ou institucionalizados, foram divididos em grupos caso e controle de mesma dimensão e avaliados de acordo com a faixa etária. Os instrumentos incluíram um questionário sociodemográfico, o MEEM, o Teste de Fluência Verbal, o Teste do Desenho do Relógio e a FA8.

Resultados:

Mais de dois terços da amostra foram compostos por mulheres (73.8%), a média etária foi de 74,5 anos (DP=8,9), a média de escolaridade foi de 6,2 anos (DP=4,8) e 40,5% eram viúvos. Na amostra total, o melhor ponto de corte para a FA8 foi 142; entre os idosos de 60 a 69 anos, de 70 a 79 anos e de 80 anos ou mais foram 160, 129 e 129, respectivamente.

Conclusões:

Os resultados demonstraram a importância de pontos de corte diferenciados entre as faixas etárias. Os valores de sensibilidade e especificidade da FA8 foram suficientemente altos, permitindo a utilização da FA8 como ferramenta na identificação de declínio cognitivo em idosos.

Palavras-chave:
Escala Wechsler de Inteligência para Adultos; formas abreviadas; envelhecimento; comprometimento cognitivo

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