RESUMO
Com o avanço tecnológico e a democratização de dispositivos eletrônicos, os testes cognitivos computadorizados vêm sendo cada vez mais utilizados no contexto clínico para avaliar o desempenho cognitivo de indivíduos.
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo propor um Teste Cognitivo Digital Breve baseado no paradigma de equivalência de estímulos e avaliar sua validade convergente comparando-o com testes aplicados tradicionalmente.
Métodos:
O estudo foi realizado com uma amostra não probabilística de 50 idosos selecionados por chamada pública pelos meios de comunicação, unidades de saúde e centros dia de uma cidade do interior de São Paulo. Os participantes foram avaliados pelo Teste Cognitivo Digital Breve, Miniexame do Estado Mental, Bateria Breve de Rastreio Cognitivo e Teste dos Cinco Dígitos.
Resultados:
Os participantes tinham média de idade de 71,23 anos (desvio padrão — DP: ±9,36) e média de anos de estudo de 7,15 anos (DP: ±5,34). O tempo médio para a realização do teste foi de 5,33 minutos (DP: ±1,92). Houve correlações estatisticamente significativas entre os testes tradicionais e o Teste Digital na maioria dos domínios avaliados. Além disso, considerando o escore total do teste digital, o teste foi capaz de discriminar participantes com e sem comprometimento: área sob a curva ROC=0,765; IC95% 0,630–0,901.
Conclusão:
O teste digital cognitivo breve com o uso do paradigma de equivalência de estímulos é um instrumento de fácil aplicação e válido para a investigação de comprometimento cognitivo em idosos.
Palavras-chave:
Idoso; Cognição; Testes Neuropsicológicos; Aprendizagem