Resumo
Há um conceito corrente na literatura de que analfabetismo e baixos níveis educacionais são fatores de risco para declínio cognitivo e demência. Nossos objetivos foram revisar a associação entre analfabetismo e demência e descrever alguns resultados de achados neuropsicológicos no analfabetismo. A revisão de literatura foi realizada procurando-se os termos "dementia", "illiteracy", "neuropsychological evaluation", "educational levels" e "education". Somente artigos publicados em português, inglês e espanhol foram revistos. Analfabetismo é um fator de risco incontestável para demência, influenciando o desempenho em quase todos os testes. Muitos outros fatores podem ser ligados aos altos índices de demência entre analfabetos: baixa reserva cognitiva, controle pobre dos fatores de risco para doenças cerebrovasculares, dificuldades na avaliação cognitiva e adaptação pobre dos testes neuropsicológicos para este tipo de população. Testes funcionais devem ser acoplados aos testes cognitivos a fim de aumentar a acurácia diagnóstica.
Palavras-chave:
demência; analfabetismo; cognição; educação; evolução neuropsicológica