Resumo
Existe crescente tendência de se utilizarem baterias cognitivas breves no diagnóstico de demência. A maioria destas tem sido idealizada em países com altos níveis de escolaridade e é menos adequada para populações com baixa escolaridade. Desenvolvemos uma bateria que tem demonstrado alta acurácia no diagnóstico de demência em indivíduos com baixa escolaridade, mas a acurácia em indivíduos com escolaridade alta ainda não é conhecida.
Objetivos:
Avaliar a acurácia de uma bateria cognitiva breve no diagnóstico de doença de Alzheimer (DA) em indivíduos com escolaridade média ou alta, e desenvolver um modelo matemático que inclua os testes mais discriminativos.
Métodos:
Setenta e três pacientes com demência leve causada por DA provável e 94 controles foram avaliados com a bateria cognitiva breve. Sessenta pacientes e 60 controles foram selecionados aleatoriamente para gerar um modelo matemático com os testes mais discriminativos, empregando regressão logística. Este modelo foi retro-testado na amostra remanescente de pacientes e controles.
Resultados:
Os testes de memória tardia, aprendizado e fluência verbal foram incluídos no modelo matemático que obteve área sob a curva ROC de 0,917 no retro-teste. A confiabilidade inter-examinadores destes testes foi alta (kappa>0.8).
Conclusões:
Este modelo apresentou alta acurácia no diagnóstico de demência leve na DA em sujeitos com escolaridade média ou alta. Novos estudos com população
Palavras-chave:
doença de Alzheimer; demência; diagnóstico; educação; bateria cognitiva breve; testes neuropsicológicos.