RESUMO
Intervenções cognitivas em grupo podem promover um senso de autoeficácia em idosos. Em decorrência das medidas restritivas de distanciamento social na pandemia de COVID-19, as intervenções presenciais que visavam promover a saúde cognitiva precisaram ser adaptadas à oferta virtual.
Objetivos:
Analisar os efeitos da promoção da saúde cognitiva em uma intervenção em grupo virtual para idosos que vivem na comunidade.
Métodos:
Trata-se de um estudo misto, prospectivo e analítico. Antes e depois da intervenção foram aplicados os testes: Bateria de Triagem Cognitiva Breve (BCSB) e Questionário de Queixas de Memória Subjetiva (MAC-Q). Os dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas relacionadas à adoção de estratégias de memória. Foram realizados testes estatísticos para a comparação intragrupo inicial e final. Os dados qualitativos foram avaliados por meio da análise temática.
Resultados:
Quatorze participantes concluíram a intervenção. Com relação às estratégias mnemônicas, as mais relevantes para o qualificador “não usava antes e passou a usar depois do grupo” foram associação (n=10; 71,4%) e inibição de dupla tarefa (n=9; 64,3%). De acordo com os testes, a intervenção melhorou a recordação incidental, imediata e tardia, bem como a percepção da memória para: “lembrar o nome da pessoa que acabou de conhecer”; “lembrar o número de telefone que você usa pelo menos uma vez por semana”; “lembrar onde colocaram um objeto”; “lembrar notícias de um artigo de revista ou programa de televisão” e “em geral, como você descreveria sua memória agora em comparação com quando tinha 40 anos”.
Conclusões:
A intervenção síncrona em grupo virtual mostrou-se viável para os idosos da comunidade que participaram do estudo.
Palavras-chave:
Idoso; Cognição; Consulta Remota; COVID-19