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Inventários comportamentais e de atividades de vida diária no diagnóstico de degeneração lobar fronto-temporal e doença de Alzheimer

Resumo

O diagnóstico diferencial entre degeneração lobar fronto-temporal (DLFT) e doença de Alzheimer (DA) pode ser difícil em alguns casos.

Objetivos:

Verificar a utilidade de inventários comportamentais e de vida diária no diagnóstico diferencial entre DLFT e DA.

Métodos:

Foram entrevistados os cuidadores de 12 pacientes com DLFT (nove com demência fronto-temporal, dois com demência semântica e um com afasia progressiva não fluente) e de 12 pacientes com DA provável. As versões brasileiras dos questionáros Frontal Behavioral Inventory (FBI) e o Disability Assessment for Dementia (DAD ).

Resultados:

A média da pontuação do MEEM foi 12,4±10,7 para pacientes com DLFT e 11,9±6,2 para pacientes com DA (p=0.93). A média dos escores do DAD foi de 33,7±27,7 para pacientes com DLFT e 55,6±29,7 para pacientes com DA (p=0.06), enquanto que com relação ao FBI a média da pontuação foi de 42,6±10,0 para pacientes com DLFT e 16,7±11,7 para pacientes com DA (p<0.01).

Conclusões:

Neste estudo, o FBI apresentou uma boa acurácia no diagnóstico diferencial entre DFT e DA. Embora o DAD não tenha se mostrado útil no diagnóstico diferencial em nossa amostra, acreditamos que essa escala seja importante para analisar qualitativamente e quantitativamente os déficits funcionais dos pacientes, auxiliando na avaliação da gravidade do quadro demencial.

Palavras-chave:
demência; degeneração lobar fronto-temporal; doença de Alzheimer; inventários; comportamento; atividades de vida diária

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