RESUMO
Este artigo visa preencher a lacuna entre o desenvolvimento de medicamentos e as estratégias de modificação do estilo de vida para a prevenção da demência. Em primeiro lugar, ele se concentra em três lições do desenvolvimento de medicamentos para informar as mudanças no estilo de vida: resistência ao tratamento da demência, a importância de maximizar a dose terapêutica e a obtenção de informações acionáveis a partir de testes de medicamentos. Além disso, a epidemiologia revela um desacordo entre associações promissoras e intervenções posteriores, a especificidade de diferentes demências e a ética da promoção da saúde. O artigo argumentará que as escolhas de estilo de vida para o risco de demência devem ser entendidas pelas lentes de uma filosofia de vida em vez de uma hipótese científica testável. Essa filosofia conhecida como "DOSE" tem quatro componentes: Dieta — Outras prioridades da vida — Estimulação — Exercício. Alcançar o equilíbrio entre um estilo de vida saudável e as prioridades não relacionadas à saúde é uma questão e um desafio fundamentalmente pessoais, principalmente em contextos de recursos limitados. Finalmente, os comportamentos individuais são apenas a ponta do iceberg do risco de demência modificável, o que exige uma ação coletiva para garantir uma prevenção equitativa.
Palavras-chave: Filosofia; Demência; Prevenção de Doenças; Estilo de Vida; Ciência