Resumo
Fundamentos: A ocorrência de quedas entre idosos com a doença de Alzheimer (DA) é muito frequente, e traz consequências graves como a piora cognitiva, fraturas e perda da independência. Muitos estudos foram realizados com o objetivo de identificar os fatores de risco associados às quedas, com o fim de propor estratégias de prevenção.
Objetivos:
O presente estudo buscou descrever a frequência e características das quedas em uma amostra de pacientes com DA, e seus principais fatores de risco.
Métodos:
Foram analisados 40 idosos sem alterações cognitivas e 45 com DA, classificados em CDR 1 e CDR 2.
Resultados:
Riscos ambientais foram associados às quedas tanto no grupo CDR 1 (41.4%) como CDR 2 (46.7%). Instabilidade (31%) e tontura (17.2%) foram frequentes no grupo CDR 1, sendo este o grupo que apresentou o maior índice de recorrência (28%). Em ambos os grupos com DA, as quedas ocorreram mais frequentemente dentro de casa (70,30 e 80% respectivamente para os grupos CDR 1 e 2).
Conclusões:
Estes resultados reforçam a hipótese de que as quedas em pacientes com DA são multifatoriais e seus fatores de risco altamente interconectados. Medidas preventivas devem ser realizadas, principalmente quanto a retirada de riscos ambientais, a presença constante de cuidador, e a estimulação física e funcional do paciente, tanto na fase leve como na moderada da DA.
Palavras-chave:
idosos; doença de Alzheimer.