Introdução:
a extração dentária com finalidade ortodôntica é debatida há mais de 100 anos, oscilando entre períodos nos quais foi amplamente utilizada e períodos, como os atuais, onde outros métodos são utilizados visando evitar as extrações dentárias.
Objetivo:
analisar a frequência de extrações dentárias, entre os anos de 1980 e 2011, na Clínica de Especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Métodos:
foram avaliadas as documentações ortodônticas de 1484 pacientes. A frequência de extrações foi avaliada em relação ao sexo, à classificação de Angle, às combinações de extração e ao período de início do tratamento ortodôntico. Utilizou-se o teste qui-quadrado para verificar a correlação entre as variáveis, e o teste qui-quadrado para tendência para avaliar a frequência de extração ao longo dos anos.
Resultados e Conclusão:
houve uma redução de aproximadamente 20% na frequência de tratamentos ortodônticos com extrações dentárias ao longo de 32 anos. Os dentes mais extraídos foram os quatro primeiros pré-molares. Os pacientes portadores da má oclusão de Classe I apresentaram menos tratamentos com extrações, enquanto os pacientes com Classe II apresentaram maior número de tratamentos com extração. Não houve diferenças estatisticamente significativas com relação ao sexo.
Tratamento ortodôntico; Extração; Frequência