RESUMO
Introdução:
O Brasil enfrentou uma situação catastrófica durante a pandemia do coronavírus. Devido ao alto risco de contaminação e disseminação do vírus da COVID-19, os cirurgiões-dentistas passaram a realizar apenas atendimentos de urgência ou emergência no início da pandemia.
Objetivo:
O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto financeiro e psicológico causado pela pandemia do coronavírus nos ortodontistas brasileiros.
Métodos:
Este estudo transversal de base populacional coletou os dados demográficos e o impacto da pandemia em 404 ortodontistas. Depressão, ansiedade, insônia e angústia foram avaliadas, respectivamente, por meio da versão em português do Questionário de Saúde do Paciente (PHQ-9), do módulo de transtorno de ansiedade generalizada (GAD) do Mini-Tracking (GAD/Mini-Tracking), do Índice de Severidade de Insônia (ISI) e o do Impact of Events Scale-Revised (IES-R). As características demográficas da amostra foram apresentadas por meio de estatística descritiva. Os dados foram analisados de acordo com o sexo, situação profissional e renda econômica. As comparações foram realizadas utilizando os testes de Qui-quadrado, Mann-Whitney U e Kruskal-Wallis, seguidos de testes post-hoc (p<0,05).
Resultados:
Mulheres, estudantes de pós-graduação e profissionais com menores rendas apresentaram níveis mais altos de depressão, ansiedade, insônia e angústia. A maioria dos ortodontistas mostrou preocupação financeira e profissional moderada a extrema durante a pandemia.
Conclusão:
A pandemia do coronavírus afetou negativamente a saúde psicológica dos ortodontistas brasileiros e aumentou as preocupações financeiras desses profissionais. As mulheres, os estudantes de pós-graduação e os participantes com renda mensal menor que R$10 mil foram os grupos mais afetados.
Palavras-chave:
COVID-19; Psicologia; Ortodontia