RESUMO
Objetivo:
O objetivo deste ensaio clínico randomizado foi avaliar e comparar, durante a primeira semana de expansão rápida da maxila (ERM), o impacto causado por dois tipos de aparelhos: Hyrax e Hyrax Híbrido.
Métodos:
Quarenta e dois pacientes que atendiam aos critérios de seleção (idade de 11 a 14 anos, com deficiência transversal da maxila, mordida cruzada posterior e presença de primeiros pré-molares e primeiros molares permanentes superiores) foram selecionados e divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo DOS (expansor dento-osseossuportado), tratado com Hyrax Híbrido (12 mulheres e 9 homens, idade média 13,3 ± 1,3 anos), e Grupo DS (expansor dentossuportado), tratado com Hyrax (5 mulheres e 16 homens, idade média de 13,3 ± 1,4 anos). A dor e o desconforto foram avaliados em dois momentos: após o primeiro dia de ativação (T1) e após quatro dias, por meio da escala de frequência numérica e do instrumento MFIQ (Questionário de Limitação Funcional Mandibular). A estatística descritiva e o teste de Mann-Whitney foram utilizados para comparação entre os grupos e entre os sexos. Adotou-se nível de significância de 5%.
Resultados:
Ambos os aparelhos tiveram impacto negativo, gerando dor e desconforto e reduzindo a capacidade funcional. No entanto, os escores obtidos foram de baixa intensidade e não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Considerando os sexos, houve diferenças estatisticamente significativas, com o sexo feminino apresentando maiores escores para dor e limitação funcional.
Conclusões:
Apesar de causar impacto na dor e aumento na limitação funcional, essas alterações foram de baixa intensidade, sem diferença estatística entre os grupos. As mulheres foram mais sensíveis ao impacto causado pela ERM.
Palavras-chave:
Técnica de expansão palatina; Procedimentos de ancoragem ortodôntica; Dor