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Obesity and orthodontic treatment: is there any direct relationship?

RESUMO

A obesidade representa uma epidemia que afeta mais de 50% da população ocidental e está, direta ou indiretamente, relacionada com o aumento na prevalência de algumas doenças humanas. Em 2017, em uma análise minuciosa de 204 trabalhos sobre a obesidade e o câncer, observou-se que ela aumenta os riscos de câncer de estômago, cólon, reto, vias biliares, pâncreas, esôfago, mama, endométrio, ovário, rim e mieloma múltiplo. O primeiro trabalho que procurou relacionar a obesidade com a velocidade de movimentação dentária ortodôntica foi apresentado por Saloom et al., mas não conseguiu demonstrar, de forma efetiva e significativa uma influência ou efeito direto. As diferenças ocorreram apenas na primeira semana, e sem explicação, mas o tempo total do tratamento não foi alterado. Na prática clínica, em aulas ou nos treinamentos de especialistas, não devemos - tendo em vista a ausência na literatura que correlacione a obesidade e a velocidade da movimentação dentária induzida - mudar protocolos, adotar medidas ou ter expectativas de diferenças significativas entre pessoas com peso normal e obesas. Ressalta-se, ainda, que casos de insucesso e/ou de reabsorções radiculares associadas ao tratamento nesses pacientes não devem ser atribuídos à obesidade, pois não há base científica para isso.

Palavras-chave:
Obesidade; Movimento ortodôntico; Movimento dentário induzido; Ortodontia.

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