RESUMO
Introdução:
as alterações no formato da arcada dentária durante o tratamento são ditadas pelas dimensões do arco ortodôntico.
Objetivo:
o presente estudo teve como objetivos determinar a dimensão média das arcadas dentárias de pacientes paquistaneses e avaliar a conformidade entre diferentes arcos ortodônticos pré-fabricados e o formato da arcada inferior.
Métodos:
os registros odontológicos de 1.500 pacientes adultos foram analisados e, desses, foram selecionados modelos de gesso de 42 pacientes (21 de cada sexo, masculino e feminino) com perfil facial equilibrado, Classe I de Angle, sobressaliência e sobremordida adequadas. Foram, então, colados braquetes ortodônticos em todos os dentes. Utilizando um paquímetro digital, as dimensões das arcadas foram avaliadas nos seguintes dentes: caninos, primeiros pré-molares, segundos pré-molares, primeiros e segundos molares. Utilizando-se a profundidade média das arcadas dos pacientes, as larguras das arcadas, no nível dos dentes acima mencionados, foram comparadas aos arcos ortodônticos digitalizados.
Resultados:
nos homens, a largura do arco ortodôntico, em comparação às dimensões dos modelos de gesso inferiores, foi maior nos caninos e pré-molares e significativamente menor nos primeiros molares (p< 0,001, IC 95% = 2,03 - 5,74) e segundos molares (p< 0,001, IC 95% = 2,29 - 7,73). Nas mulheres, os arcos ortodônticos foram significativamente mais estreitos nos caninos (p< 0,001, IC 95% = 1,4 - 3,97), primeiros molares (p= 0,02, IC 95% = 0,402 - 4,41) e segundos molares (p< 0,001, IC 95% = 1,76 - 6,13).
Conclusão:
nenhum dos arcos ortodônticos comercialmente disponíveis avaliados no presente estudo esteve em conformidade com as dimensões das arcadas dos pacientes da amostra. O uso dos arcos ortodônticos atualmente disponíveis pode resultar em modificações indesejáveis no formato da arcada, e pode levar à instabilidade na posição dos dentes após o tratamento.
Palavras-chave:
Arco ortodôntico; Recidiva; Estabilidade