RESUMO
Objetivo:
Avaliar o efeito das forças ortodônticas nas mudanças do comprimento radicular de segundos pré-molares inferiores com raízes incompletas.
Métodos:
Foram avaliados 64 segundos pré-molares inferiores (SPI) com raízes incompletas (lados direito e esquerdo da mandíbula) de 32 pacientes com idades entre 10 e 13 anos. O tratamento ortodôntico teve início após a obtenção de radiografias periapicais (T1) dos SPIs de cada paciente. Foram colados braquetes em todos os dentes, com exceção dos SPIs (do lado esquerdo ou direito, de forma aleatória, como grupo controle; e o SPI contralateral como grupo teste). Após 9 a 12 meses, uma segunda radiografia periapical (T2) foi obtida dos SPIs de cada paciente. Então, braquetes foram colados nos SPIs do grupo controle, que não haviam sido colados anteriormente. Após 18 ± 3 meses, uma terceira radiografia periapical (T3) foi obtida. As mudanças no comprimento radicular foram avaliadas por meio de uma nova fórmula. Os SPIs teste e controle foram comparados em T1, T2 e T3 usando ANOVA para medidas repetidas e testes paramétricos. Valores de p< 0,05 foram considerados estatisticamente significativos.
Resultados:
Não foi encontrada diferença significativa no comprimento radicular médio dos SPIs entre os grupos teste e controle em T1 (p= 0,48) e T3(p= 0,078). O comprimento radicular dos SPIs em T2 (p= 0,001) foi significativamente diferente entre os lados teste e controle, sendo que o grupo teste apresentou maior comprimento radicular do que o grupo controle.
Conclusões:
As forças ortodônticas aplicadas para o alinhamento e nivelamento de SPIs com raízes incompletas podem não ter efeitos danosos nas raízes, podendo, inclusive, acelerar a formação radicular em curto prazo. O comprimento radicular normal foi alcançado ao fim da formação radicular.
Palavras-chave:
Dentes com ápice aberto; Força ortodôntica; Formação radicular; Reabsorção radicular
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