RESUMO
Introdução:
O acúmulo de placa bacteriana pode causar lesões de mancha branca. A adição de nanopartículas nas resinas ortodônticas pode ser eficaz para reduzir o número e a função dos microrganismos.
Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos antibacterianos contra o Streptococcus mutans, em diferentes intervalos de tempo, de resinas ortodônticas contendo diferentes tipos de nanopartículas.
Métodos:
Foram criados dez grupos experimentais e um grupo controle contendo nanopartículas de hidroxiapatita, óxido de titânio, óxido de zinco, óxido de cobre e óxido de prata em concentrações de 0,5% e 1%. Em seguida, foram preparados 26 discos de resina para cada grupo. Colônias de Streptococcus mutans foram cultivadas e contadas. Posteriormente, as culturas bacterianas foram colocadas em solução de ágar Mueller-Hinton. Os discos de resina foram colocados no meio de cultura e, depois da incubação, mediu-se o diâmetro de inibição do crescimento. Para avaliar os efeitos em longo prazo das nanopartículas, as colônias foram analisadas após 3, 15 e 30 dias.
Resultados:
Os resultados mostraram que o óxido de cobre a 1% e o óxido de prata a 1% reduziram significativamente o número de bactérias (p< 0,05), mas não houve diferença estatisticamente significativa entre os outros grupos e o grupo controle (p> 0,05). Após 3 dias, houve uma diferença significativa entre o grupo controle e os grupos óxido de prata a 0,5%, óxido de prata a 1% e óxido de cobre a 1% (p< 0,05). Porém, após 30 dias, as colônias haviam crescido em todos os grupos, sem diferença com o grupo controle (p> 0,05).
Conclusão:
A adição de óxido de cobre a 1% e óxido de prata a 1% apresenta efeitos antibacterianos apenas no curto prazo; portanto, o uso clínico dessas nanopartículas não se justifica.
Palavras-chave:
Antimicrobianos; Antibacterianos; Resinas ortodônticas