Objetivo:
comparar, in vivo, mini-implantes (MI) com superfície lisa (usinada) e porosa (tratada com ácido), avaliando sua estabilidade primária e secundária.
Métodos:
trinta e seis MI foram inseridos na mandíbula de seis cães, e cada animal recebeu seis MI. Na hemiarcada direita, foram inseridos três MI sem tratamento da superfície (liso); na esquerda, outros três com a superfície tratada com ácido (poroso). Os dois MI distais de cada hemiarcada receberam carga imediata de 1,0N durante dezesseis semanas, e o MI da extremidade mesial não recebeu carregamento. A estabilidade foi medida pelos torques de inserção e de remoção, pela mobilidade inicial e final, e pela distância inter-MI.
Resultados:
não houve diferença estatística do comportamento entre os MI lisos e porosos. No entanto, observou-se torque de inserção elevado e mobilidade inicial reduzida em todos os grupos. Para todos os grupos, houve redução dos torques de remoção, em relação ao de inserção. Os MI porosos apresentaram maior torque de remoção e menor mobilidade final, em relação aos MI lisos. Os MI não permaneceram estáticos, sendo o deslocamento dos MI porosos menor em relação aos MI lisos, mas sem diferença estatística.
Conclusões:
a estabilidade primária dos MI foi maior do que a estabilidade medida na sua remoção; não houve diferença na estabilidade entre os MI lisos e porosos ao avaliar-se a mobilidade, o deslocamento e os torques de inserção e remoção.
Procedimentos de ancoragem ortodôntica; Osseointegração; Ortodontia