RESUMO
Objetivo:
Explorar a associação entre as idades cronológica, dentária e esquelética e o diagnóstico precoce da agenesia dos terceiros molares.
Material e Métodos:
Este estudo radiográfico retrospectivo compreendeu uma amostra de 282 pacientes portugueses (122 homens e 160 mulheres) que procuraram tratamento ortodôntico entre 2007 e 2018. Cada participante tinha radiografias panorâmicas e cefalométricas laterais realizadas antes e depois dos 14 anos de idade. A idade cronológica foi categorizada em três intervalos entre 11,0 e 13,11 anos de idade. A erupção completa dos quatro segundos molares foi usada como critério para determinar a idade dentária. A idade esquelética foi verificada pelo método de maturação das vértebras cervicais. O diagnóstico de agenesia de terceiros molares foi inicialmente realizado pela observação da radiografia panorâmica inicial, realizada antes dos 14 anos de idade. Posteriormente, o diagnóstico de agenesia de terceiros molares foi confirmado pela visualização da segunda radiografia panorâmica, obtida após os 14 anos de idade. A associação entre a acurácia do diagnóstico e as idades cronológica, dentária e esquelética foi avaliada por meio do teste qui-quadrado, com nível de significância de 5%.
Resultados:
Não foi identificada associação significativa entre idade cronológica e alterações no diagnóstico de agenesia de terceiros molares. No entanto, houve associação significativa entre agenesia de terceiro molar e idade dentária (p<0,001) e idade óssea (p=0,006).
Conclusão:
A erupção dos quatro segundos molares e o pico de crescimento podem ser considerados critérios para o diagnóstico precoce da agenesia do terceiro molar, enquanto a idade cronológica não é um indicador diagnóstico confiável.
Palavras-chave:
Agenesia de terceiro molar; Diagnóstico; Idade cronológica; Idade dentária; Idade esquelética