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Relationship between skeletal Class II and Class III malocclusions with vertical skeletal pattern

RESUMO

Objetivo:

o objetivo do presente estudo foi estabelecer a relação entre os padrões esqueléticos sagitais e verticais, e avaliar quais variáveis esqueléticas podem influenciar na chance de desenvolver uma má oclusão de Classe II ou de Classe III esquelética.

Métodos:

foi feito um estudo transversal, cuja amostra incluiu radiografias cefalométricas laterais pré-tratamento de 548 pacientes (325 mulheres, 223 homens), com idades entre 18 e 66 anos. O padrão esquelético sagital foi estabelecido por meio de três parâmetros distintos de classificação (ângulo ANB, Wits, App-Bpp); e o padrão esquelético vertical, por meio do ângulo SN.Plano Mandibular. As variáveis cefalométricas foram aferidas utilizando-se o software Dolphin (Imaging and Management Solutions, Chatsworth, Calif, EUA) por um avaliador previamente calibrado. A análise estatística foi realizada por meio do teste qui-quadrado, teste ANOVA/Kruskal-Wallis e modelo de regressão multinomial ordinal.

Resultados:

foram encontradas evidências de associação significativa (p< 0,05) entre os padrões esqueléticos sagitais e verticais, com maior proporção do padrão esquelético hiperdivergente nas más oclusões de Classe II, segundo os três parâmetros utilizados. Na Classe III, houve maior proporção do padrão esquelético hipodivergente, considerando-se os parâmetros ANB e App-Bpp. Pacientes com padrões esqueléticos hiperdivergentes (odds ratio [OR] = 1,85 - 3,65), prognatismo maxilar (OR=2,67 - 24,88) e retrognatismo mandibular (OR=2,57 - 22,65) apresentaram chance significativamente maior (p< 0,05) de desenvolver má oclusão esquelética de Classe II. Por outro lado, pacientes com retrognatismo maxilar (OR=2,76 - 100,59) e prognatismo mandibular (OR=5,92 - 21,50) apresentaram uma chance significativamente maior (p< 0,05) de desenvolver má oclusão esquelética de Classe III.

Conclusões:

Foi encontrada uma associação entre as más oclusões de Classe II e Classe III e o padrão esquelético vertical. Há uma tendência à compensação esquelética tanto nas más oclusões verticais quanto nas sagitais.

Palavras-chave:
Cefalometria; Má oclusão; Análise de regressão

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