OBJETIVO:
esse estudo objetivou analisar, in vitro, a estabilidade de cor de braquetes cerâmicos monocristalinos e policristalinos após imersão em soluções corantes.
MÉTODOS:
sete braquetes cerâmicos de incisivo central superior direito, de quatro marcas comerciais, foram testados: dois monocristalinos e dois policristalinos. Os braquetes foram imersos em quatro soluções corantes (café, vinho tinto, Coca-Cola e chá preto) e em saliva artificial, separadamente, nos seguintes tempos: 24 horas, 7, 14 e 21 dias. As alterações de cor foram mensuradas por espectrofotômetro de refletância. Os dados foram avaliados pela Análise de Perfis Multivariados, Análise de Variância e teste de comparação múltipla de médias.
RESULTADOS:
houve alteração perceptível de cor em todos os braquetes cerâmicos após 21 dias de imersão nas soluções de café (ΔE* Allure = 7,61; Inspire Ice = 6,09; Radiance = 6,69; Transcend = 7,44), chá preto (ΔE* Allure = 6,24; Inspire Ice = 5,21; Radiance = 6,51; Transcend = 6,14) e vinho tinto (ΔE* Allure = 6,49; Inspire Ice = 4,76; Radiance = 5,19; Transcend = 5,64), porém, a alteração não foi perceptível para a Coca-Cola e saliva artificial (ΔE* < 3,7).
CONCLUSÃO:
braquetes cerâmicos sofrem alteração de cor quando em contato com café, chá preto e vinho tinto. No entanto, os braquetes de mesma constituição cristalina, sejam monocristalinos ou policristalinos, não seguem um padrão semelhante de alteração de cor, mas variam de acordo com o fabricante, o que mostra uma falta de padronização no processo de produção desses braquetes. O café foi a solução corante que mais produziu alteração de cor após 21 dias de imersão, para a maioria dos braquetes cerâmicos avaliados.
Cor; Cerâmica; Braquetes ortodônticos