RESUMO
Objetivo:
Explicar, biologicamente, alguns dos mecanismos ósseos envolvidos na intrusão, ou efeito intrusivo, de dentes submetidos à correção da mordida aberta esquelética por meio do uso de quatro miniplacas.
Métodos:
Foram mensurados, em reconstruções 3D de tomografias computadorizadas de feixe cônico, os resultados da intrusão dentária, comparando-se o antes e o depois em 20 pacientes com mordida aberta esquelética, com idades entre 18 e 59 anos.
Resultados:
Os resultados permitem deduzir que as forças de compressão e de tração promovem, biologicamente, deformação ou deflexão da rede osteocítica controladora do design ósseo, e esses efeitos envolvem as superfícies externas e internas do osso, com formação de novas camadas, incluindo a parte cervical da crista óssea alveolar. Isso ajuda a compreender como ocorre a intrusão dentária nas mecânicas intrusivas cujas forças são de inclinação, e não de intrusão. As reabsorções radiculares promovidas pelo uso de miniplacas são insignificantes, em função da distribuição mais homogênea das forças nos vários dentes simultaneamente envolvidos.
Conclusão:
Os estudos imagiológicos tendem a captar, nas tomografias, cada vez mais detalhadamente os fenômenos subperiosteais e endosteais da intrusão dentária nos pacientes - antes e depois da aplicação das mecânicas intrusivas -, na forma de um conjunto de modificações que se chama intrusão dentária ou efeito intrusivo.
Palavras-chave:
Intrusão; Mordida aberta esquelética; Reabsorção radicular; Mecânica intrusiva; Miniplacas; Ancoragem absoluta