RESUMO
Objetivo:
correlacionar a idade esquelética, a estatura, as alturas corporais superior e inferior, e algumas características específicas do crescimento craniofacial, em uma amostra de indivíduos em crescimento, e delinear o crescimento craniofacial usando regressão multivariada.
Métodos:
esse estudo transversal retrospectivo foi feito com 447 meninos e meninas negros africanos, com idades entre 8 e 16 anos, atendidos na clínica odontológica de um hospital. A maturação esquelética, em anos, foi determinada a partir de radiografias de mão e punho, usando o atlas de Greulich e Pyle. As medidas craniofaciais representando o comprimento maxilar (Ar-ENA), o comprimento mandibular (Ar-Gn) e a altura facial anterior inferior (ENA-Me) foram calculadas a partir de cefalogramas laterais em oclusão habitual. Os comprimentos corporais foram medidos clinicamente, em centímetros.
Resultados:
correlações moderadas (r = 0,42 a 0,68) foram observadas entre a idade esquelética e as três medidas craniofaciais selecionadas. Também foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre as medidas craniofaciais e as alturas corporais superior e inferior. O comprimento mandibular teve uma correlação mais forte com a altura corporal superior do que com a inferior. As análises de regressão múltipla para determinar os comprimentos maxilar e mandibular sugeriram que o sexo e as alturas corporais superior e inferior podem ser usados para determinar o comprimento maxilar, enquanto a idade esquelética e as alturas corporais superior e inferior podem ajudar a determinar o comprimento mandibular.
Conclusões:
com base na correlação relativamente forte entre a altura corporal superior e comprimento mandibular, pesquisas adicionais nessa área poderiam justificar seu uso como indicador para o período de modificação do crescimento mandibular.
Palavras-chave:
Maturidade esquelética; Altura; Mandíbula; Crescimento craniofacial.