OBJETIVO: avaliar cefalometricamente a estabilidade das alterações dentoesqueléticas e tegumentares, no protocolo de tratamento com o aparelho removível com grade palatina associado à mentoneira, em jovens portadores de mordida aberta anterior tratados por 12 meses, comparando-os com um grupo de jovens portadores de má oclusão semelhante que não foram submetidos ao tratamento ortodôntico. MÉTODOS: avaliou-se um total de 76 telerradiografias em norma lateral de 38 jovens. Dois grupos compuseram a amostra: o Grupo 1 (Controle), composto por 19 jovens (idade média de 9,10 anos) que não receberam qualquer tratamento para a correção de sua má oclusão; e o Grupo 2 (Tratado), composto por 19 jovens (idade média de 9,78 anos) que receberam o protocolo de tratamento durante 12 meses. Verificou-se a estabilidade do tratamento da má oclusão durante aproximadamente 15 meses após a remoção dos aparelhos. Os dados obtidos nas medidas cefalométricas (diferenças das médias das alterações) para os dois grupos foram computados pelo teste t de Student não pareado. RESULTADOS: os resultados mostraram que os componentes esquelético e tegumentar não apresentaram alterações significativas. O overbite, overjet e o posicionamento dos dentes superiores mantiveram-se estáveis. Os incisivos inferiores vestibularizaram e protruíram no Grupo Tratado, enquanto o Grupo Controle apresentou maior extrusão desses dentes. Os molares inferiores também extruíram mais significativamente no Grupo controle. CONCLUSÃO: pode-se concluir que o protocolo de tratamento da mordida aberta anterior utilizando aparelho removível com grade palatina associado à mentoneira mostrou estabilidade de aproximadamente 95%, ressaltando a grande importância desse tratamento na dentição mista.
Mordida aberta; Má oclusão de Angle Classe I; Ortodontia