RESUMO
Objetivo:
o objetivo desse estudo foi avaliar o uso da linha vertical glabelar (GVL) como referência para a posição anteroposterior da maxila.
Métodos:
esse estudo transversal avaliou 129 pacientes (20,21 ± 1,99 anos), sendo 67 mulheres (20,16 ± 1,99 anos) e 62 homens (20,26 ± 2,06 anos). As fotografias de perfil foram realizadas com os pacientes em sorriso posado e em posição natural de cabeça. As distâncias lineares entre a porção mais convexa da face vestibular do incisivo central superior (FA) e a linha do limite anterior (GALL), e entre a FA e a GVL foram mensuradas e comparadas. Para a análise comparativa, utilizou-se o teste de postos sinalizados de Wilcoxon. O coeficiente de correlação de Spearman avaliou a correlação. Além disso, foi realizada regressão linear múltipla.
Resultados:
a distância entre GALL e GVL foi de 0,54 ± 1,14mm (95% IC: 0,34-0,74). Uma forte correlação foi identificada entre as distâncias FA-GALL e FA-GVL (Spearman’s rho = 0,983 (95%IC: 0,976-0,988), p< 0,01). A distância FA-GVL contempla quase todas as variações de FA-GALL (R2 = 95,84%, p< 0,01). Essa distância pode ser calculada através da fórmula: FA-GALL= 0,5 + 0,9*(FA-GVL).
Conclusão:
os resultados encontrados sugerem que a GVL pode ser adotada como uma referência de fácil utilização na determinação da posição anteroposterior da maxila, quando comparada à GALL para a melhora do perfil facial nos casos em que os incisivos superiores estão corretamente posicionados.
Palavras-chave:
Perfil facial; Diagnóstico; Ortodontia; Cirurgia ortognática