RESUMO
Introdução:
Em várias condições, a estabilidade dos resultados é um grande desafio para a Ortodontia. Estudos prévios relataram que a recidiva ocorre, comumente, ao longo dos anos, após o término do tratamento ortodôntico.
Objetivo:
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar as alterações transversais da arcada dentária em longo prazo de pacientes Classe II, divisão 1, tratados com aparelho extrabucal cervical e aparelho fixo.
Métodos:
Modelos de gesso de 20 pacientes tratados com AEB cervical, sem extrações dentárias, foram escaneados e avaliados em três momentos distintos: inicial (T1), pós-tratamento imediato (T2) e acompanhamento de longo prazo (T3, mínimo de 20 anos). A distância transversal entre os caninos superiores e inferiores, pré-molares e primeiros molares foi medida.
Resultados:
Foi observado aumento estatisticamente significativo durante o tratamento para todas as distâncias transversais dos dentes superiores (p < 0,05). Por sua vez, foi observada redução significativa em longo prazo (p < 0,05). Para os dentes inferiores, a distância transversal intercaninos apresentou constrição estatisticamente significativa no período de contenção (p < 0,05). A distância dos primeiros molares inferiores aumentou significativamente com o tratamento (p < 0,05) e permaneceu estável em longo prazo. As alterações observadas para os outros dentes ou outros tempos foram consideradas sem significância estatística.
Conclusões:
Para a amostra estudada, as alterações transversais ocorreram durante as fases de tratamento e contenção em pacientes Classe II, divisão 1, tratados com aparelho extrabucal de tração cervical e aparelho fixo. A recidiva foi considerada estatisticamente significativa, mesmo com a instituição de um protocolo de contenção.
Palavras-chave:
Recidiva; Má oclusão de Classe II de Angle; Tratamento ortodôntico; Estabilidade