OBJETIVO: avaliar, in vitro, a resistência ao cisalhamento apresentada por três marcas de braquetes ortodônticos cerâmicos policristalinos e uma marca de braquete metálico, verificando os índices de resina remanescentes (IRA) após os ensaios, e analisar, por meio de microscopia eletrônica de varredura, as topografias superficiais do esmalte após a descolagem, detectando o desprendimento de partículas minerais desse.
MÉTODOS: foram utilizados 60 incisivos inferiores bovinos. Os braquetes cerâmicos (Allure, InVu e Clarity) e metálico (Geneus) foram colados utilizando-se o adesivo Transbond XT. Para os resultados referentes ao cisalhamento e ao IRA, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. A prova de Mann-Whtiney foi utilizada para comparar os diferentes tipos de braquetes aos pares, quanto ao IRA. Para a análise dos resultados referentes às composições químicas do esmalte, aplicou-se o teste de Brown-Forsythe, com significância de 5%. As comparações entre os grupos foram realizadas utilizando os testes Post Hoc e de Games-Hoewell.
RESULTADOS: não foram observadas diferenças significativas quanto às cargas de cisalhamento. O Clarity foi o mais afetado em relação à topografia e ao desprendimento de partículas minerais do esmalte (íons Ca).
CONCLUSÃO: em relação ao IRA, foi confirmada a prevalência do escore 4, com um percentual de 40,4%. Em relação à topografia superficial do esmalte, o Geneus foi o único que não apresentou perda de tecido . O InVu e o Clarity apresentaram fraturas coesivas de 33,3% de suas amostras, e o Allure de 50%, sendo o que mais fraturou durante a remoção.
Resistência ao cisalhamento; Esmalte dentário; Braquetes ortodônticos; Microscopia eletrônica de varredura