RESUMO
Introdução:
Os ortodontistas buscam otimizar a eficiência do tratamento quanto ao tempo de duração, à posição dos dentes e aos efeitos adversos. Um aspecto ainda não avaliado são os diferentes intervalos entre as ativações.
Objetivo:
O objetivo desse estudo controlado e randomizado de boca dividida foi avaliar a influência de diferentes intervalos de reativação na eficiência da movimentação dentária.
Métodos:
Foram recrutados 38 pacientes com má oclusão de Classe I com biprotrusão dentoalveolar ou apinhamento severo, Classe II com deficiência mandibular ou Classe III, que necessitavam de extração do primeiro pré-molar e retração do canino. As cadeias elastoméricas gerando 150 g foram substituídas a cada duas, quatro, seis ou oito semanas, constando 36, 37, 36 e 36 quadrantes alocados aleatoriamente nesses grupos, respectivamente. O desfecho primário foi a taxa de retração do canino. Os desfechos secundários foram a inclinação, a rotação e a reabsorção radicular do canino, e a dor. Somente os avaliadores dos resultados não tinham conhecimento da alocação nos grupos.
Resultados:
O movimento total médio para os seis meses foi de 5,14; 5,31; 2,79 e 3,85 mm para os intervalos de reativação de duas semanas, quatro semanas, seis semanas e oito semanas, respectivamente. A reabsorção radicular foi significativamente maior nos grupos de duas e quatro semanas. Não foram observados eventos adversos.
Conclusão:
A taxa de retração, a inclinação e a rotação do canino e a dor foram semelhantes nos grupos com intervalos de ativação de duas, quatro, seis e oito semanas. Intervalos de reativação mais longos mostram menos reabsorção radicular. O protocolo do estudo não foi pré-registrado. O estudo foi autofinanciado.
Palavras-chave:
Retração do canino; Intervalo entre consultas; Intervalo de reativação; Taxa de movimentação dentária; Reabsorção radicular