RESUMO
Objetivo:
Este estudo observacional descritivo teve como objetivo determinar dados clinicamente relevantes e aplicáveis da espessura do esmalte (EES), considerando as diferenças mésiodistais dos dentes anteriores e posteriores e suas relações.
Material e Métodos:
A amostra consistiu em radiografias periapicais padronizadas do lado direito de 34 indivíduos, 21 do sexo feminino e 13 do sexo masculino, com idade entre 13 e 24 anos (média = 16 anos), com todos os dentes permanentes íntegros e sem apinhamento. Quatro radiografias periapicais e quatro radiografias interproximais foram tiradas e digitalizadas. As medidas de EES (dos pontos de contato mesial e distal até a junção dentina-esmalte) foram realizadas após correção para adequar a ampliação da imagem radiográfica. Para as diferenças entre as médias pareadas, foi aplicado o teste t de Student com correlação de Pearson, para avaliar a correlação entre elas.
Resultados:
A EES mesial e distal aumenta dos dentes anteriores para os posteriores. A EES dos incisivos variou entre 0,6 e 0,84 mm. Caninos, pré-molares e molares apresentaram EES superior a 1,0 mm e a EES dos molares atingiu valores entre 1,26 e 1,44 mm.
Conclusão:
As EES distais são significativamente maiores que as mesiais e progressivamente mais espessas dos dentes anteriores para posteriores. A redução interproximal do esmalte (RIP) dos incisivos centrais inferiores e laterais superiores deve ser evitada, minimizada ou realizada em suas superfícies distais. Radiografias periapicais e avaliação da EES remanescente são necessárias nos casos de retratamento. A localização e o número de discrepâncias no tamanho dos dentes devem ser determinados e considerados no planejamento do tratamento, para que sejam adequadamente compensados durante o tratamento com RIP.
Palavras-chave:
Esmalte dentário; Radiografia; Ortodontia; Espessura do esmalte; Redução interproximal do esmalte
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