RESUMO
Objetivo:
o presente estudo avaliou os efeitos dentoesqueléticos e tegumentares em pacientes com má oclusão de Classe II tratados com aparelho Distal Jet, comparando-os com um grupo controle não tratado.
Métodos:
44 pacientes com má oclusão de Classe II foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (experimental) - 22 pacientes, idade média de 12,7 anos, tratados com o aparelho Distal Jet por um período médio de 1,2 anos; Grupo 2 (controle) - 22 pacientes não tratados, idade média de 12,2 anos, acompanhados por um período médio de 1,2 anos. Telerradiografias laterais foram obtidas antes do tratamento (T0) e no final da distalização (T1). O teste t independente foi usado para identificar as diferenças entre os grupos.
Resultados:
quando comparado ao grupo controle, o Distal Jet produziu um aumento significativo no ângulo do plano mandibular (0,7 ± 2,0o). Os segundos molares superiores apresentaram inclinação distal (6,6 ± 3,8o), distalização (1,1 ± 1,1 mm) e extrusão (1,3 ± 2,1 mm). Os primeiros molares superiores foram distalizados por 1,2 ± 1,4 mm. Os primeiros pré-molares superiores, mesializados por 3,4 ± 1,1 mm. Os incisivos superiores mostraram leve inclinação labial de 4,3 ± 4,7o e foram protruídos por 2,4 ± 1,7 mm. Não existiram alterações significativas no perfil facial. O overjet aumentou 1,5 ± 1,1 mm, e o overbite não sofreu alterações significativas.
Conclusão:
o aparelho Distal Jet é eficaz para distalizar os primeiros molares superiores, mas promove aumento no ângulo do plano mandibular, inclinação distal, extrusão e distalização dos segundos molares superiores, mesialização dos primeiros pré-molares superiores, vestibularização e protrusão dos incisivos superiores e aumento do overjet, quando comparado a um grupo de controle.
Palavras-chave:
Aparelho ortodôntico; Ortodontia corretiva; Má oclusão Classe II de Angle