RESUMO
Introdução:
Embora se alegue uma superioridade dos alinhadores transparentes sobre os aparelhos multibraquetes em manter a gengiva saudável, ainda não foram investigados os possíveis benefícios de um modelo de alinhador sobre outro, especialmente no que diz respeito à borda vestibular.
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi medir vários índices periodontais em adolescentes submetidos a tratamento ortodôntico com alinhadores, comparando dois tipos diferentes de borda.
Métodos:
O estudo envolveu 43 pacientes com idade entre 14 e 18 anos. A saúde periodontal foi avaliada por meio do índice de placa (IP), índice gengival (IG) e índice de sangramento gengival (ISG), ao início do tratamento com alinhadores (T0), com borda vestibular (BV) estendendo-se até 3 mm além da margem gengival. Três meses depois (T1), os alinhadores foram ajustados para se obter uma borda justagengival (BJ) no segundo quadrante e BV no primeiro quadrante. Os índices periodontais foram medidos novamente tanto em T1 quanto três meses depois (T2).
Resultados:
As comparações intraquadrantes revelaram uma piora estatisticamente significativa nos índices periodontais apenas para o segundo quadrante (p<0,05), em T1 (IG) e especialmente em T2 (IP, IG, ISG), enquanto nenhuma mudança estatisticamente significativa foi encontrada para o primeiro quadrante.
Conclusões:
Irritações mecânicas mais intensas, principalmente durante a inserção e remoção do alinhador, podem explicar a piora dos índices inflamatórios com a BJ. Além disso, a pressão exercida pela BJ no sulco gengival pareceu facilitar a deposição de placa, enquanto a BV teve um efeito protetor, reduzindo o risco de trauma mecânico.
Palavras-chave:
Alinhador; Aparelho fixo; Ortodontia precoce; Periodontal; Estético