Núcleos de Agroecologia (NA) emergem em assentamentos de reforma agrária em resposta ao Projeto “Semeando Agroflorestas”. |
Alinhado às diretrizes políticas de produção agroecológica estabelecidas pelo Programa Agrário do MST e a um projeto de recuperação de áreas degradadas no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. |
A necessidade local de construir conhecimento em agroecologia, compartilhar experiências e planejar atividades coletivas alavancaram a constituição dos NA. A organização dos NA não foi prevista pelo MST, mas foi facilitada pela sua estrutura organizacional. |
Agricultores familiares assentados de reforma agrária convencidos e motivados a produzir em sistema agroecológico. A equipe multidisciplinar do projeto facilitou o processo organizacional dos grupos. |
A metodologia “Camponês a camponês” foi peça-chave para a organização das ações coletivas. Incentivou momentos reflexivos, promoveu o diálogo e a troca de conhecimento. Essa dialética favoreceu o autorreconhecimento dos assentados como agentes da própria realidade. |
Os NA se mantiveram mesmo após a finalização do projeto, e expandiram suas ações e influência para outros assentamentos. Voluntariamente, recuperaram áreas degradadas e matas ciliares, realizaram estruturas para a contenção de erosões e implantaram quintais produtivos. Promoveram ações de formação ambiental, fortalecendo vínculos comunitários e entre os próprios assentados. |
A aprendizagem social promovida pelo projeto “Semeando sustentabilidade” alterou valores, relações sociais e o sistema de produção agrícola local. |
Frente à pressão causada pelo desmatamento e extração ilegal de Juçara, a recuperação de 160 hectares inicia no entorno do NSV/PESM, em São Paulo. |
A comunidade local reconheceu a oportunidade de gerar renda por meio do uso sustentável da palmeira Juçara e outras espécies nativas. |
Mulheres, jovens, e proprietários rurais reconheceram os benefícios da biodiversidade local. A equipe do projeto demonstrou capacidade de criar relaçõe de confiança com diversos setores da sociedade. |
Processos de aprendizagem social sobre o uso e manejo sustentável da palmeira Juçara, a partir dos princípios da agroecologia, com mutirões realizados para construção dos viveiros, semeadura de semente e plantio de mudas de Juçara. |
Após a finalização do projeto, mais 100ha foram restaurados; outros 200ha foram enriquecidos com Juçara; jovens foram empregados em atividades socioambientais e produtos da sociobiodiversidade local começaram a ser comercializados em feiras regionais e programas de compras públicas. |
Um grupo de indivíduos e organizações elaborou um Plano de Desenvolvimento Florestal regional e iniciou uma rede cooperação para restauração. |
Após a maior crise hídrica da história do Vale do Paraíba Paulista, iniciou-se a construção coletiva de um Plano de Desenvolvimento Florestal em uma paisagem que conecta as duas maiores cidades do Brasil. |
A baixa capacidade produtiva, aliada à crise hídrica de 2013-2014, moveu organizações a buscarem soluções para restaurar a paisagem. |
Coletores de sementes, produtores de mudas, organizações governamentais e não governamentais que planejam, executam e fomentam projetos de restauração florestal na região. |
Uma liderança local, apoiada por diversas organizações locais e regionais, mobiliza os atores da restauração do Vale do Paraíba Paulista para identificar demandas e interesses em comum capazes de impulsionar a restauração da paisagem. |
Difusão de conhecimentos e recursos, propiciando a implantação de diversas experiências de restauração florestal (por exemplo, SAF); ações de capacitação para gestão de projetos; desenvolvimento de instrumentos de pagamentos por serviços ambientais; e participação de membros da rede em políticas públicas. |