RESUMO
Este artigo desenvolve uma reflexão sobre a figura de Claudio Pastro (1948-2016) como artista pós-conciliar. É comum recordar o papel dos bispos e dos teólogos\as como responsáveis por difundir e desenvolver as forças renovadoras do Vaticano II, mas com facilidade se esquece do esforço de rejuvenescimento e atualização da Igreja promovida pelos artistas cristãos. O Concílio Vaticano II se ocupou com o tema da reforma litúrgica que, por sua vez, impactou diretamente na elaboração de critérios para a execução do programa iconográfico e arquitetônico do espaço sagrado. O Concílio, ao recuperar a compreensão da liturgia como ação do próprio Mistério que dá vida à Igreja e superar a eclesiologia societária, típica do II milênio, provocou o despertar para a promoção e favorecimento da arte sacra. Neste estudo mostramos como os princípios teóricos presentes nos documentos conciliares foram recebidos e atualizados nas obras de Claudio Pastro na fidelidade ao espírito deste revolucionário evento eclesial do século XX.
palavras-chaves:
Claudio Pastro; Arte sacra; Vaticano II