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Escritos insubordinados entre escravizados e libertos no Brasil1 1 Este artigo apresenta os primeiros resultados do projeto “Escrita, escolarização, cor e letrados no Brasil da escravidão e da pós-emancipação (1860-1908) as experiências de escravizados, libertandos, libertos e seus descendentes”, Edital Universal do CNPq que reúne diversos pesquisadores da História da Escravidão e História da Educação. Também algumas idéias finais para este texto apareceram quando discutimos com os alunos - neste primeiro semestre de 2019 - escritos dos escravizados no curso “Escravidão e Pós-abolição: historiografia e construção de memórias), na graduação da PUC-RJ e na aula pública “Escravidão, escrita e experiências intelectuais”, na Universidade das Quebradas, no IFCS-UFRJ, 6 de junho de 2019. Flavio Gomes agradece aos colegas André Botelho, Heloisa Buarque de Holanda e Numa Ciro pelo convite para ministrar esta aula.

abstract

In this article we analyze some collective texts produced by slaves and freedmen. Based on the Treaty of Santana of the Captaincy of Bahia (1789), the papers found with Islamized Africans and their repercussions in the Imperial Court (1835 and 1836), the declaration of the rebellious mocambeiros in Viana, Maranhão (1867) and the Commission of Libertos sent to Ruy Barbosa, Rio de Janeiro (1889), we analyze the expectations and wishes of slaves and freedmen expressed in their writings, literacy studies and circulation of knowledge. We consider the various meanings of writing itself in these episodes and in the guarantee of freedom, the maintenance of customary rights, the negotiation of daily conflicts and the perceptions of a slave-bound society.

keywords:
Slave revolt; Fears and literacy studies of slaves and freedmen

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