ESTE TRABALHO apresenta as diferenças nos rendimentos pessoais relacionados com raça e gênero, no Brasil dos últimos anos, identificando uma nítida hierarquia: homens brancos (não negros), mulheres brancas, homens negros (e pardos) e mulheres negras. As evidências disponíveis revelam que essas desigualdades são pouco expressivas no interior de cada nível social ou grupo sociocupacional. Em outras palavras, os negros e mulheres que conseguem ingressar nos estratos melhor situados aproximam-se das condições prevalecentes nos mesmos. Assim sendo, as distorções localizar-se-iam sobretudo nas condições desiguais de acesso às ocupações melhor remuneradas.