resumo
O líder Pedro Arara Karo, de Rondônia, faz um depoimento sobre a sua expulsão da terra indígena nos anos 1960, junto com a mãe e os irmãos, por seringalistas que os ameaçavam de morte. Os invasores empregavam os índios em regime semiescravo de barracão. Pedro cresceu como trabalhador em seringais sem saber que era índio e voltou adulto ao seu povo, que o escolheu como chefe. Seu irmão mais velho, o pajé Manuel, relata como convive com seres do além e como foi iniciado, quando seu pai morto lhe apareceu em forma de onça. A mãe de Pedro foi cozinheira no Posto Indígena Roosevelt, nas terras Cinta Larga, e ficou um mês desaparecida, abrigada nas aldeias indígenas, quando ocorreu o trágico episódio da morte de dois jovens funcionários da Funai em 1971, Acrísio Lima e Possidônio Cavalcanti. A exposição de Pedro é exemplar sobre a formação do povo brasileiro.
palavras-chave:
Autobiografia indígena; Massacre; Renascimento; Povo; Líder.