resumo
Este artigo discute a formulação que Max Weber dá ao problema do sentido da ciência e do sentido da vida, com base na conferência Ciência como vocação, que ele proferiu na Universidade de Munique em 1917. Em primeiro lugar, esboço o contexto intelectual em que se dá a “redescoberta” da obra de Weber, na Alemanha, nas décadas de 1970 e 1980; em segundo lugar, comento a recepção da conferência por especialistas; e, em seguida, retomo o sentido que Weber atribui à ciência e ao progresso. Finalmente, exploro uma dimensão literária da reflexão weberiana: tendo em vista que Weber considerou o escritor russo Liev Tolstoi como aquele que melhor havia respondido à pergunta sobre a relação entre e a ciência e o sentido da vida, e relembro o conto “A morte de Ivan Ilitch”, de Tolstoi.
palavras-chave: Max Weber; Tolstoi; Conhecimento científico; Dominação técnica; O sentido da vida