Resumo:
O presente artigo visa apresentar uma análise da relação entre lei e norma no contexto da apropriação lacaniana da antropologia estrutural, em especial no que se refere às suas consequências conceituais junto a processos de identificação sexual. São discutidos os limites da formalização do complexo de Édipo e a aspiração universalizante do simbólico em Lacan. Empreende-se, então, uma releitura de As estruturas elementares do parentesco buscando demonstrar o lugar central conferido por Lévi-Strauss à cultura e às variações de normas locais no núcleo duro da chamada lei simbólica. O artigo conclui, a partir de tais resgates, que a constituição de grupos e as políticas de alianças podem pautar uma outra concepção do caráter simbólico dos processos identificatórios relativos ao gênero.
Palavras-chave:
Psicanálise; Gênero; Simbólico; Diferença sexual; Lévi-Strauss; Estruturalismo; Complexo de Édipo; Sexuação