Este é um estudo sobre o processo de criação da nova maneira de pensar o Brasil e o subdesenvolvimento que Florestan Fernandes institui (sua problemática). Trata especialmente da construção do conceito de capitalismo dependente como uma forma assumida pelo capitalismo. Mostra como Florestan Fernandes, desde 1959-1960, rompendo com a ideologia dominante e a partir do par conceituai autonomia/heteronomia, caracteriza a situação heteronômica: externamente, enquanto dependência econômica, social, política, ideológica e moral; e internamente, através do sistema das classes sociais, classes que apoiam aquela dependência mas que, em determinadas condições, podem opor-se a elas. Mostra ainda como Florestan Fernandes considera que a revolução social contra a ordem capitalista dependente é condição para o desenvolvimento.