O presente artigo analisa os registros paroquiais de batismo e de casamento de escravos da freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Mambucaba, em Angra dos Reis, no século XIX, tendo como apoio os inventários post-mortem de proprietários escravistas. Verificamos os tipos de casamentos predominantes, se endogâmicos por origem, africanos com africanos e crioulos com crioulos, ou mistos. Ao mesmo tempo, observamos em que medida as condições advindas do fim efetivo do tráfico externo de escravos, em 1850, as transformações econômicas e demográficas presentes na segunda metade do oitocentos em Mambucaba influíram na ida de cativos à Igreja, a fim de sacramentar suas uniões, e quem eram as mães solteiras que viviam em Mambucaba.
famílias escravas; Mambucaba (RJ); Angra dos Reis; escravidão; século XIX