A escassez de séries extensas de dados sedimentológicos tem levado gestores de bacias hidrográficas a aplicar modelos matemáticos para simular os fluxos de sedimentos. Devido aos esforços elevados para instalação e manutenção de estações sedimentológicas, marcadores têm sido apontados como alternativa para validar a modelagem de redistribuição do solo. Neste estudo, a técnica de 137Cs foi utilizada para avaliar o desempenho do modelo WASA-SED na bacia hidrográfica do Benguê (933 km²), no semiárido brasileiro. Qualitativamente, boa concordância foi encontrada entre a técnica de 137Cs e os resultados do modelo WASA SED. No entanto, quantitativamente, grandes diferenças, de até duas ordens de grandeza, foram obtidas entre os dois métodos. Entre as incertezas inerentes à técnica do 137Cs, a definição do inventário de referência é uma importante fonte de imprecisão. Além disso, estimativas de fluxos de água e sedimento com modelos matemáticos, geralmente, também apresentam elevado grau de incerteza, contribuindo para as diferenças quantitativas das estimativas de redistribuição do solo pelos dois métodos.
137Cs; redistribuição de solo; modelagem sedimentológica; semiárido