Este trabalho apresenta um estudo da resistência ao desgaste de enxadas rotativas, operando em um solo franco-argiloso, com a finalidade de estabelecer correlações entre as propriedades físicas do solo e o mecanismo de desgaste atuando no tribossistema. Foram determinadas a deterioração causada no solo, bem como a massa perdida pelo desgaste das ferramentas. Os experimentos foram realizados em blocos casualizados, com 12 parcelas experimentais, 4 níveis (três tipos de enxadas rotativas - de eixo horizontal, de eixo vertical e autopropelida de eixo horizontal - e uma parcela de solo inalterado), 3 repetições em cada nível e 2 passes por parcela. As maiores perdas de massa das ferramentas foram obtidas, respectivamente, com as enxadas de eixo horizontal e de eixo vertical, enquanto a menor foi obtida com a enxada autopropelida de eixo horizontal. Foi observado que o tempo efetivo de contato da ferramenta com o solo, a rotação angular de operação das ferramentas e as forças de impacto são os fatores que mais afetam o desgaste das ferramentas. Após trinta dias da realização dos testes, foram retiradas amostras do solo de cada parcela experimental, a 100 mm de profundidade, com a finalidade de determinar a densidade aparente, o conteúdo de água e a porcentagem de agregados com tamanho médio inferior a 5 mm. Não foram identificadas diferenças significativas nestas características do solo. Os mecanismos de desgaste que atuam na superfície das ferramentas são complexos e incluem abrasão a 2 e 3 corpos, bem como o efeito das súbitas forças de impacto.
desgaste abrasivo; tribossistemas; enxada rotativa; ferramenta agrícola