RESUMO
A integração entre a criação de peixes em sistema intensivo e a produção vegetal, denominada “aquaponia”, é praticada com sucesso em países como Estados Unidos, Austrália e também, na Europa. No Brasil, essa integração vem atraindo a atenção de pesquisadores e produtores. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dois substratos (pedra brita número 3, PB3 e espuma flexível de poliuretano, EFP) sobre a produção de alface aquapônica, além disso, demonstrar que a água residuária proveniente da produção intensiva de tilápia proporciona características qualitativas suficientes para produção competitiva de alface sem adição de fertilizantes comerciais. O tratamento onde foi utilizada EFP proporcionou maiores concentrações de macro e micronutrientes na parte aérea das plantas, maior produção de massa fresca da parte aérea (95,48 g planta-1) e maior número de folhas (14,90) em relação à PB3. Esses resultados foram atribuídos ao menor estresse pós-transplantio e ao maior tempo de retenção de água proporcionado pela EFP. A água residuária proveniente da criação intensiva de tilápia pode fornecer nutrientes suficientes para produção de alface, não sendo necessário complementação da fertilização com produtos comerciais. Assim, a EFP apresenta condições mais adequadas para ser utilizada como substrato, em sistema aquapônico, com recirculação de água residuária proveniente da criação intensiva de tilápia.
cultivo sem solo; recirculação de água e sistema aquapônico