Este estudo objetivou identificar fatores de risco para flebite relacionada a cateteres intravenosos periféricos (CIP) em crianças.
Métodos:
Coorte retrospectiva realizada em 338 crianças submetidas a punção venosa periférica. Foram investigadas variáveis relacionadas à criança e à terapia intravenosa, após aprovação do mérito ético.
Resultados:
Das 338 crianças, nove (2,7%) desenvolveram flebite. Nenhuma característica demográfica influenciou significativamente o desenvolvimento de flebite. Quanto às características da terapia, foram significantes: utilização do CIP por mais de cinco dias (p = 0,001); manutenção intermitente (p = 0,001) e maior tempo de permanência do CIP (p = 0,006). Representaram fatores de risco: presença de condições predisponentes para insucesso da punção (p = 0,041; OR = 4,645); antecedentes de complicações (p < 0,001, OR = 40,666); administração de drogas ou soluções de elevados pH e osmolaridade (p = 0,004, OR = 7,700).
Conclusão:
A ocorrência de flebite não apresentou associação com características demográficas, e os aspectos da terapia que representaram fatores de risco foram condições predisponentes para insucesso da punção, antecedentes de complicações, administração de fármacos e soluções com extremos de pH e osmolaridade.
Flebite; Cateterismo periférico; Enfermagem pediátrica; Segurança do paciente