Resumo
Objetivo comparar o nível de dependência dos cuidados de Enfermagem e o dimensionamento de pessoal entre unidades de internação clínica e cirúrgica.
Método estudo descritivo e retrospectivo, realizado em quatro unidades de internação de um hospital universitário de grande porte do sul do Brasil. Foram incluídos 7.486 registros da classificação dos pacientes entre janeiro e outubro de 2022. Empregou-se a análise estatística descritiva, demanda de horas de Enfermagem, projeção de pessoal e teste qui-quadrado.
Resultados prevaleceram os pacientes de cuidados intermediários (40,2%) e semi-intensivos (40,8%), com diferença entre as unidades (p-valor<0,001). Em todas as unidades verificou-se o déficit de enfermeiros. Em uma unidade clínica, o quadro de técnicos/auxiliares de Enfermagem projetado era igual ao disponível (n=46). Em duas unidades, verificou-se um discreto a moderado superávit de pessoal de nível médio. A unidade de internação cirúrgica que teve a melhor taxa de classificação (92,3%) apresentou maior discrepância entre o dimensionamento prescrito e o real.
Conclusão e implicações para prática as unidades apresentaram uma elevada dependência do cuidado de Enfermagem. Ao considerar também as taxas de ocupação e de adesão à classificação de pacientes, é plausível que uma das unidades clínicas tenha a maior demanda de cuidados.
Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; Dimensionamento; Equipe de Enfermagem; Gestão de Recursos Humanos; Unidades de Internação