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Os enfermeiros estão atualizados para o manejo adequado do paciente com sepse?

Resumo

Objetivo:

Avaliar o conhecimento dos enfermeiros que atuam em enfermarias sobre as definições do Sepsis-3 e atualizações da Surviving Sepsis Campaign.

Métodos:

Estudo descritivo realizado de julho a agosto de 2018 com 30 enfermeiros de quatro enfermarias de um hospital universitário de grande porte. Para coleta de dados, criamos, estruturamos e validamos um questionário composto por dados sociodemográficos/ocupacionais e teste de conhecimento.

Resultados:

Apenas 16,6% dos profissionais receberam treinamento em serviço sobre o tema. Na instituição não havia protocolo de sepse implantado, embora 96,6% dos participantes tenham considerado sua implantação necessária. Profissionais com idade ≥35 anos apresentaram maior nível de conhecimento acerca da nova definição de sepse (p=0,042). O conhecimento sobre ressuscitação volêmica (p=0,001) e uso de vasopressores (p=0,025) foi maior naqueles com tempo ≥10,5 anos de exercício na profissão. Enfermeiros das unidades clínicas apresentaram maior nível de conhecimento das disfunções orgânicas causada pela sepse (p=0,025).

Conclusão e implicações para a prática:

Os enfermeiros não apresentam conhecimento satisfatório para identificação, tratamento e gerenciamento clínico da sepse de forma adequada. Existe a necessidade de maiores incentivos profissionais, institucionais e políticos, com vistas às implementações da educação permanente e do protocolo de sepse.

Palavras-chave:
Enfermagem; Cuidados Críticos; Infecção Hospitalar; Avaliação de Desempenho Profissional

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